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quarta-feira, 4 de dezembro de 2013

A DOUTRINA DO SENSACIONALISMO


Vou falar de um assunto um tanto polêmico e pouco esclarecido, podendo gerar controvérsias, debates e disputas acaloradas! É sobre a doutrina do sensacionalismo, donde, nem todos conhecem, e, muitas vezes, até ignoram ou passam despercebidos!
Para se levantar questões sobre o assunto, primeiramente será preciso compreender o verdadeiro sentido de ser um sensacionalista!
Pois bem! Sensacionalistas são adeptos de culturas rígidas, motivados por um sentimento elevado e desviado da normalidade! Podemos igualar um sensacionalista com aqueles que visam sensações, chamam atenções e despertam focos, no intuito que suas ajudas e discursos sejam notados e destacados de maneira elevada e rigorosa!
Nota-se uma tensão de olhar diferente dos outros, causando sensações de poderio, soberania e impacto; não estando aptos para ouvir, mas sim para falar; nem para exprimir, mas sim para criticar!
São inflexíveis demais, levados pela ânsia de repreender àqueles que, a seu ver, estão repletos de vícios! Como não sabem expressar docilmente, admoestam energicamente, achando que tudo só será resolvido por meio de discursos gritantes! No seu interior guardam culturas rigorosas, severas e acentuadas, exprimindo ousadias e emoções sublevadas!
A maioria são pessoas de bem, mas dotadas de muita agressividade no falar, no agir e no pensar! Suas intenções podem ser até sadias e benéficas, mas sua cultura sensacionalista, ou seja, rígida, abafa suas melhores qualidades!
Caracterizam-se pelo uso exagerado de resolver determinadas questões e situações com expressões ousadas e aumentadas, que não esclarecem, não motivam e nem correspondem com a realidade! 
Podem-se incluir nessa prática os meios de comunicação, as letras de músicas, os sermões públicos, as práticas religiosas, as instruções de casa, os tabloides sensacionalistas e os jornais, ou mesmo, a convivência íntima que se tem com o outro em casa, no trabalho ou na escola!
Sim, meus amigos! Podemos realmente ser austeros com quem está bem próximo de nós, como nossos pais, filhos, sobrinhos, tios, avós e amigos! Não é a toa que, quando queremos repreender alguém de nossa intimidade, o fazemos sem limitação, sem prudência e sem moderação, achando-nos donos da verdade; usando sempre de linguagens gritadas, inadequadas e autônomas, de modo a castiga-los em cima de nosso próprio parecer, julgamento e padrão egoísta!
Podemos tirar como exemplo a vivencia dos filhos com seus pais! Pois então! Sabemos que os filhos são tesouros de Deus, ao qual precisam ser moldados, instruídos e capacitados para terem um desenvolvimento progressivo e de melhor qualidade na vida!
Contudo, existem fases em que os pais terão que intervir na vida dos filhos, usando suas próprias teorias, suas experiências, seus artifícios e suas práticas vivenciadas pelos anos!
Todavia, convém dizer que, os mesmos, sendo educadores, deverão de agir com cautela, mansidão, equilíbrio e sabedoria para com seus filhos, ensinando-os cautelosamente os dotes morais, intelectuais, humanos e físicos que se agregam a uma boa educação! Se, do contrário agirem ignorantemente, certamente os filhos se rebelarão contra eles, tornando-se rebeldes, agitados, desajustados e revolucionários!
A dica é: fornecê-los instruções passo a passo desde os primeiros anos de vida, não os ocultando de nada quanto ao que seja mal ou o que seja bom! Lembrando que a criança tem que estar preparada para enfrentar as coisas bárbaras do mundo, e as proveitosas também, porque passarão a vida toda nele!
Então, por que privá-los de assistirem as maledicências que a mídia traz, se, facilmente, descobrirão essas coisas num simples virar de esquina? Por que escondê-los o controle remoto temendo que o destrua, sabendo que isso os impedirá de conhecer o avanço da tecnologia feita a distancia? Então, estando privados dessas modernidades, não os atiçarão mais a curiosidade, e, consequentemente, numa hora que não se está esperando, poderão vir despedaça-lo?
Quando falo de privamentos, não estou me referindo apenas a objetos ou coisas materiais, e sim, a passeios, namoros, divertimentos e outras práticas que a juventude assim o faz! Então, quanto a isso, seria importante os ir libertando em rédeas, ou seja, torná-los livres gradativamente, manejados por freios e fios, e não, prendidos em algemas!
Não é certo jogá-los em prisões e enclausura-los em casa achando que estarão salvos dos abutres! Afinal, se quiséssemos os manter fora do mundo, teríamos que pô-los em redomas de vidros, onde, nem todos teriam acessos! Mas, como não podemos coloca-los em vasos inquebráveis, o jeito é prepara-los abertamente para enfrentar o mundo de fora!
Então, pais! Procurem educar seus filhos de maneira santa e digna, não usando de meios sensacionalistas ou artificiosos, barganhados pelo medo do mundo e pelas suas visões distorcidas! É gratificante que andem com eles, que aceitem suas coisas e os favoreçam com suas amizades! Além de que, ser pai é ser amigo, e ser mãe é ser uma boa companhia!
Conquiste-os mansamente se adaptando com suas filosofias joviais, mesmo que, para vocês, não tenham qualquer sentido! Só assim, conhecendo o que fazem, o que falam e o que almejam, certamente passarão a tê-los em grandes simpatias, os tornando confiantes e consideráveis amigos! Assim, por consequência, poderão trazê-los sãos e salvos para seu mundo adulto, voltando a praticar suas regras de pais!
Como vimos, um sensacionalista tende a afastar aqueles que vivem buscando apoios, mesmo que sua intenção para aquele fim seja boa! Então, em vez de servir, ele afasta; em vez de agradar, ele enoja; em vez de cuidar, ele esnoba; em vez de instruir, ele cobra!
 Para os que os ouvem, seus ensinamentos são considerados fúteis, negativos ou irônicos, levando muitos a seguirem-no como se fossem robôs, ou, do contrário, a se afastarem de sua companhia!
Atribuamos outro exemplo, afigurando um indivíduo carente e precisado de sustento, de apoio e de ser lapidado! Donde e a quem procurar? Pois bem! Sabemos que isso exigirá muito trabalho, disposição, dedicação, docilidade e jeito, tendo que recorrer a serviços de lapidários e artesãos, visando todo um processo, método e análise para se obter bons resultados!
Essa é a verdadeira prática, o da mansidão, quando, primeiramente se molda a peça, endireita as curvas, corta os resíduos, costura os encaixes e desbasta os excessos! Isso é agir com sabedoria e prescrição!
Contudo, o indivíduo, estando precisado, quando entregue ao sensacionalista, tende a voltar pior do que antes, ao qual, ao invés de ser trabalhado pedaço por pedaço, é criticado, é zombado, é escarnecido e é desfavorecido, vindo, muitas vezes, por meio de gritos e xingos!
Imagine-nos indo as igrejas! É maravilhoso ouvir sermões que nos engrandecem a alma e nos traz paz interior! Os louvores são grandiosíssimos, contidos por vozes adoráveis ou por tenores, não é mesmo? 
No entanto, uma coisa é certa! Se vamos à casa de Deus, certamente estamos precisados de alimento e de ouvirmos a Sua palavra Sagrada, ao qual, nosso Senhor Supremo, nos deu permissão de escutá-la da boca de Seus servos!
Todavia, a meu ver, não raras vezes, encontramos fieis voltando mais perdidos que nunca, devida doutrinação exagerada, excêntrica e obrigatória, atribuída a homens comuns; quando, do contrário, os fieis deveriam de ser postos no colo e agraciados primeiramente com leite, depois com comida sólida!
A verdade é que a acusação rápida e impulsiva destrói vontades de aprender, deixando o indivíduo menos confiável, menos esperançoso e mais ignorante! Conviver com quem nos desagrada e machuca é o bicho, sendo muito perigoso para o espírito! Por isso, temos que ser mansos e não escandalosos para não chegarmos ao ponto de desviar as pessoas do foco; isso se, realmente, quisermos exortá-las e trazê-las a Cristo!
Se aderirmos a doutrinas, que sejam elas praticadas de modo brando para com o outro que ainda não as conhece, não levantando, de jeito nenhum, questões ou diferenças de maneira ríspida!
Não sejamos instrutores sem papas na língua ou revolucionários, querendo empurrar aos outros àquilo que demoramos anos para aprender e descobrir! Primeiramente, antes de agirmos egoistamente, devemos ouvir o outro, oferecendo-o instrumentos necessários para que ele mesmo possa pesquisar suas crenças e adquiri-las por sua própria insistência!
Considere essa prática como um exercício, lembrando que não podemos encaixar doutrinas ou ensinamentos isolados, donde, nem todos acreditam ou tem acessos! Além de que, muitos de nós, de alguma maneira, temos experimentado esses princípios radicais, quando, desejando ser prestáveis, fomos irônicos, impacientes e agressivos com os demais! Isso não quer dizer que somos sensacionalistas ou voltados em escândalos, mas sim, que estamos a um passo de nos tornarmos adeptos disso.
Levantando outro exemplo, podemos citar uma pessoa extravagante, que, a meu ver, pode ser considerada um sensacionalista, por estar fora do alvo, do código e dos padrões da normalidade, devida exagerada maneira de falar!
Um indivíduo que esbanja dinheiro também pode ser principiante desse partido sensacionalista, assim como os egocêntricos, que pensam somente em si, mostrando preocupação com seus próprios assuntos; sendo o centro principal de controvérsias e conversinhas tolas.
Contudo, cabe-nos questionar a nós mesmos e nos resguardar dos exageros e absurdos dessas oscilações de altíssima frequência, para que não sejamos excessivos e exigentes com os outros, e nos encaixemos nessa doutrina revolucionária de achar que somos superiores que a maioria do mundo!
Lembre-se que Jesus Cristo, nosso maior exemplo, ganhou muitos com Sua serenidade e paciência, na Sua capacidade de tolerar contrariedades, rejeições e sofrimentos! Afinal, Ele deu a vida por nós, sofrendo sem reclamar e ensinando sem ostentar; conseguindo a nossa libertação através de Seu santo sacrifício!  
Então, vamos nos ajudar agindo com coerência e mansidão, diminuindo nosso orgulho nobre e a nossa inquietação! O sensacionalista tende a encobrir sua própria imperfeição e falha, enquanto o que tem essência e equilíbrio é suave, leve e paciente nas suas admoestações!
Contribuir para realização de um bem é sempre lucrativo; mas converter aquilo que é bom para melhor é a expressão exata de se obter ótimos resultados! 
  
                                                                Gláucia Cardoso